Para melhor compreensão deste texto, usar como base as seguintes referências:
Deuteronômio 6: 1-9
Provérbios 3: 1-12
II Crônicas 7:14
Esta semana vi uma manchete de jornal que me chamou a atenção para o assunto que estamos discutindo nesse mês em nossa igreja. A família.
Já é sabido de todos nós que esta, a família, é um projeto sonhado por Deus e que Ele a instituiu como base da sociedade e sendo ela núcleo desta segunda, a sociedade, deveria originar membros saudáveis que a compusessem.
Bem, de tanto ouvirmos isso já sabermos o que será dito.
Sendo assim, passa a ser um assunto para pessoas que não têm esse esclarecimento.
Pode ser que tenhamos perdido a noção de sua importância.
Mas como nós somos pessoas que precisão desse esclarecimento, que precisam aprender a parecer com o que Deus sonhou para nós.
Precisamos sim e vamos voltar a este assunto.
Na matéria que estampava a capa de um dos jornais da nossa cidade essa semana uma mãe dizia:
“Perdi meu filho para as drogas!” Em outro já víamos a manchete dizendo: “O Sofrimento de uma mãe!”. Ambas as matéria tratavam do mesmo assunto: o vício em drogas, mais especificamente o crack. Imagino que o motivo fundamental para essas matérias tenha sido o mote escolhido pela candidata a presidência, a ministra Dilma, o combate ao crack. Mas sendo isto ou não, temos a certeza de este é uma mal que está cada vez mais forte e próximo de nós, ou até mesmo na nossa casa.
Sofrimento, dor, angustia. São sentimentos e palavras comuns no dia a dia das famílias da nossa sociedade nos últimos tempos.
Mas algo está errado!
A sociedade está destruindo a família, enquanto a família precisava construir a sociedade?
Uma total inversão de valores numa autofagia canibal ocorrendo dentro do sistema que Deus criou! Porquê? O que aconteceu para que fosse desencadeada essa tragédia?
Por exemplo os pais que estão lendo este texto, como se sentiriam se soubessem que seu filho se envolveu com: o crack, o tráfico, a violência...
Mas...
...com que frequência compartilham as histórias da Bíblia com seus filhos?
Desde muito cedo, meu pai me contava uma história que até hoje não esqueço e eu sempre fazia questão que ele a repetisse.
Pasmem, mas, O Filho Pródigo era a história que eu mais gostava de ouvir na infância. Não sei se o que me marcava mais era o aprendizado quanto às escolhas que o rapaz fez, ou a demonstração de amor de um pai abnegado e pronto a receber o filho de volta, mesmo contra a vontade do irmão.
Mas esta postura de aceitação não quer dizer cumplicidade em tudo que o filho fez.
A Bíblia não conta, mas imagino que o pai junto com o perdão que entregou ao filho trouxe à memória do garoto todas as dificuldades que sofrera lembrando os ensinamentos recebidos na infância e que ele não deu o valor devido.
Nossa sociedade vive hoje enferma de uma grave doença chamada VIOLÊNCIA.
Todos os dias nós lamentamos por tantas mortes trágicas e a crueldade que parte de olhos tão jovens e tão perversos.
E esta não caracteriza-se apenas nas drogas, mas a cada momento em que desistimos de tratar o outro com amor e despejamos sobre o outro nossas frustrações e desgostos.
Mas como pessoas que não receberam amor e carinho, saberão transmitir isso a outros?
Justificamos o motivo da violência com a pobreza e a desigualdade social.
E eu discordo profundamente dessa tese. Porque se fosse assim o Alcides do Nascimento, rapaz assassinado no bairro da Torre não seria o primeiro lugar no vestibular do seu ano, suas irmãs também não estariam na faculdade e todos foram criados pela mãe que é uma catadora de lixo.
Duro né?!
Não sei se eles são cristãos ou qual religião eles professam, mas o que sei é que Deus está presente no amor existente naquela família. Não fosse assim aquela mãe, mesmo tão pobre não teria condições de repassar aos filhos, valores tão preciosos de vida.
Por outro lado, que tipo de convivência familiar o garoto que o matou teve?
Muitos pais acham que o fato de levar seu filho à escola e a igreja resolve todo o problema da educação e ele crescerá como um homem de bem e educado.
Ledo engano. Se a educação não tiver suas bases firmes dentro do lar e no âmago da família não haverá sociedade.
Esta educação começa num ato de doação, entrega daquilo que nos é mais precioso a alguém que amamos, para que este alguém tenha parâmetros para escolher melhor seus caminhos, tomar suas decisões.
Para que este possa ter consciência de quando tomou um caminho errado o fez porquê quis e não achando que aquele seria o mais “legal” e que conferia “mais força” nessa “vida loka” que vive-se nas nossas ruas, casas, igrejas... sociedade...
Quem são os filhos que estamos preparando para compor a sociedade?
Killinho
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