quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Uma Voz ou um sino?















Nestas duas ultimas semanas ouvi um amigo querido falar sobe nossa percepção frente ao fato funesto da morte.

Quando ele abordou o assunto eu subi no meu murinho da decisão e passei a ouvir. A final de contas, quando ainda não temos uma visão clara de um assunto, uma opinião formada sobre ele, ou mesmo quando queremos fugir, é lá que ficamos, no neutro, na zona de conforto, onde estamos mais seguros de qualquer risco de qualquer incomodo.

Pois bem, usando inicialmente um exemplo bem claro na nossa mente eu lhe perguntaria: Como você se sente quando olha pra toda a catástrofe das chuvas no Rio de Janeiro? E quanto à Austrália? E Portugal? E já que alguns podem ter esquecido o que dizer do sentimento que lhe invade quando mencionam o numero de mortos no Haiti?

Uma enorme tristeza e comoção, buscando o que se pode fazer para amenizar, não é?

Pois é, o foco das palavras de Dinis são outros mortos outros aos quais fechamos os olhos.

São os viciados em drogas jogados nos guetos, os marginalizados ou mesmo aquele que morreu vitima de uma rebordosa da sua própria violência.

A estes frequentemente dirigimos de cima do nosso muro seguro o seguinte comentário: “Bem feito, ele que procurou, agora achou o que queria!”

E assim levamos nossas vidas indiferentes e inabaláveis na emoção e na comoção.

“Se você não sente nada com uma morte destas, meu camarada, é porque a coisa ta ruim mesmo!” Diniz

Não adianta achar que nossas belas palavras de mudar o mundo, de salvar vidas acabando com a violência surtirão algum efeito sem que haja um comprometimento.

Se nós chegarmos um dia em Olinda (PE) e houver uma sinfonia dos sinos das igrejas do sítio histórico, por algum tempo será muito bonito, mas, o que aquele sino está querendo dizer mesmo?

Senti-me extremamente incomodado quando percebi, de cima do meu muro, que eu não amava aquelas pessoas que julgava merecerem aquelas mortes. E não falo de amor romântico, mas de amor de entrega, amor incondicional, amor que dedico a mim mesmo. Pois eu não me deixo morrer ou matar... Agape!

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que retine.”

Killinho

2 comentários:

  1. Uma reflexão que na atualidade mostra-nos o quão a nossa vida e os nossos mais verdadeiros valores são mais significativos! Bom dia!!! Deus continue te abençoando!!!! Parabéns!!! Dani.

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  2. Graça e paz querido,gostei da iniciativa do blog espero que a cada dia tenha mas seguidores para compartilhar com vc cada mensagem postada. te convido também a seguir o meu.http://wiltongeracaodeadoradores.blogspot.com/2010/12/blog-post_396.html Deus te abençoei muito cara fica na paz!!!!

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